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28 mar

Economia pós-carnaval: como ficou o prejuízo e lucro de alguns setores

As festividades de carnaval foram canceladas pelo segundo ano consecutivo, por conta da  pandemia de covid-19. Das 27 capitais brasileiras, 24 mais o Distrito Federal tiveram oficialmente a folia deste ano suspensa ou adiada, impondo proibições a blocos de rua e um limite máximo de lotação para eventos fechados. 

São Paulo e Rio de Janeiro remarcaram os desfiles das escolas de samba para o feriado de Tiradentes. Essas medidas geraram impactos para a economia do Brasil, em especial para os setores de eventos, hotelaria e turismo.

Saiba um pouco mais sobre como ficou a economia pós-carnaval nos principais segmentos envolvidos.

 

Principais impactos financeiros

Antes da pandemia, a folia costumava movimentar, em média, R$ 9,5 bilhões em receitas. Apesar do volume de faturamento previsto para este ano, após a realização dos desfiles no Rio e São Paulo, ser 21,5% maior do que o registrado em 2021, quando as celebrações também foram suspensas e o setor de serviços não lucrou, ainda está 33,7% inferior ao observado no carnaval de 2020, realizado antes da crise sanitária.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o carnaval brasileiro ainda tem muito o que recuperar nos próximos anos para voltar ao nível de dois anos atrás. 

Se não ocorrer nenhuma outra crise sanitária no futuro próximo, a estimativa é de que os  cerca de R$ 7 bilhões em receita perdidos nos entre 2021 e 2022, possam ser recuperados em cerca de três anos.

Estados mais afetados  na economia pós-carnaval

Os Estados mais afetados após dois anos sem festividades carnavalescas são os que recebem mais visitantes por conta da folia, como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.

Na Bahia é onde ocorre um dos maiores Carnavais do país,  só em 2021 deixou-se de arrecadar R$ 1,7 bilhão e mais de 60 mil pessoas ficaram sem opção de trabalho. O rombo aumentou com o segundo ano seguido sem a tão esperada comemoração.

Apesar da perda de dinheiro em circulação, a Prefeitura de Salvador afirma que o cancelamento do carnaval não gerou impactos significativos na receita do Imposto Sobre Serviço (ISS) em 2022. “A Prefeitura já contabiliza R$ 3.195.311,73 de receita do ISS para o segmento de eventos, turismo e hospedagem. No mesmo período em 2021, a receita foi de R$ 2.408.021,79”, disse em nota. 

A gestão ressalta que o cancelamento da festa devido à pandemia gera impactos econômicos para o setor cultural, bem como para outros subsegmentos indiretamente afetados com a festa.

Já no Rio de Janeiro, o prejuízo na economia pós-carnaval equivale a 1,4% do PIB carioca, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Em 2020, a festa movimentou R$ 4 bilhões na economia do Estado.

Em São Paulo, o último carnaval movimentou cerca de R$ 3 bilhões, ou 2% do PIB paulista.

Setores que tiveram mais prejuízos

As áreas de transportes, hospedagem e alimentação foram as mais afetadas com o cancelamento do carnaval de rua no Brasil. As companhias aéreas e o transporte rodoviário sentiram forte impacto com a não realização da folia, especialmente no nordeste e sudeste.

De acordo com a CNC, o carnaval é responsável, tradicionalmente, por 30% de todo o faturamento do turismo em fevereiro. Nos últimos dois anos, o prejuízo acaba sendo ainda maior porque o setor já vinha perdendo receita desde o início de 2020. 

Como fazer a gestão de crise na economia pós-carnaval

Com a imprevisibilidade gerada pela pandemia, projetar cenários futuros e garantir a resiliência dos processos de negócio tornou-se um exercício de muita incerteza, demandando perspectivas diferenciadas em busca de um caminho comum, embora os impactos sejam diferentes para os diversos setores.

O Brasil enfrentará desafios para a retomada do crescimento da economia pós-carnaval na pandemia. Investir em serviços personalizados e com maior qualidade, além de enxugar o orçamento, vem sendo o grande desafio econômico para esses segmentos.

Com grande parte da população vacinada e o relaxamento das medidas de isolamento social, segmentos que estavam estagnados por conta do decreto governamental puderam retornar às atividades. Sendo assim, podemos vislumbrar uma economia mais promissora para o turismo, hotelaria, eventos e prestação de serviços para os próximos anos.

Selo Turismo Responsável

Uma medida de segurança contra o vírus, para que os turistas se sintam mais seguros para viajar e frequentar estabelecimentos de lazer foi a criação do Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro. 

A iniciativa estabelece protocolos de biossegurança a 15 atividades do setor como meios de hospedagem, transportadora e restaurantes. Em 2021, foram concedidos 30.511 selos. O estado de São Paulo teve a maior adesão com 5.839 selos.

Sua empresa foi impactada  pelo cancelamento do carnaval e pelas medidas de distanciamento e outras restrições, ainda adotadas nesse período? Para retomar os lucros na economia pós-carnaval e voltar a prosperar, é necessário muito planejamento.

Para isso, conte com o auxílio de um assessor contábil, esse profissional estará capacitado para avaliar a situação econômica da sua empresa. Conheça nossos serviços acessando nosso site.



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